Diretórios do PSL em cinco estados bancaram gastos com materiais, parte com verba pública
A campanha de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018 teve 10,8 milhões de santinhos, adesivos, panfletos e outros materiais não declarados à Justiça Eleitoral, que somam R$ 420 mil. Esse valor equivale a 17% do total (R$ 2,46 milhões), de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
A análise de notas fiscais mostra que a campanha de Bolsonaro foi financiada em parte por dinheiro público. O atual presidente, contudo, sempre negou.
O valor não declarado pode ser maior. Segundo a reportagem, os diretórios estaduais do PSL entregaram as notas fiscais à Justiça. Entretanto, não vincularam o gasto diretamente à campanha de Bolsonaro.
O material deveria estar registrado na prestação de contas do presidente como doação recebida do PSL estadual. A exigência está determinada em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Diretórios que produziram material eleitoral para Bolsonaro sem vincular os gastos diretamente a ele foram:
- Minas Gerais (comandado pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio);
- Paraná;
- Amazonas;
- Rio de Janeiro;
- Rio Grande do Norte.
- Reduto eleitoral da família Bolsonaro, o PSL do Rio de Janeiro foi o que teve a maior fatia. Foram R$ 356 mil não declarados.
Especialistas afirmam que a ausência de declaração dos valores recebidos representa “irregularidade grave”. Apesar de a campanha ter sido analisada pelo TSE, pode ser aberta uma eventual investigação em pontos específicos.
Outro lado
Procurados, o Palácio do Planalto e os cinco diretórios estaduais não responderam aos questionamentos da reportagem.
Fonte: Metrópoles
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